sábado, 8 de novembro de 2008

Tratamento com Remédios




Além da dietoterapia normal com dieta pobre em fenilalanina e as fórmulas, há também um tratamento com remédios que a cada dia vem sendo mais estudados. É o PreKUnil, um suplemento dietético.


São comprimidos que contém uma quantidade elevada de triptofano e tirosina, precursores da serotonina, dopamina e norepinefrina. Mediante a inibição competitiva, combatem o aumento da fenilalanina que chega nas células nervosas, reduzindo deste modo, o efeito prejudicial na produção de neurotransmissores. Eles também contêm quantidades suplementares de sete aminoácidos essenciais (2). A dose adequada é calculada de acordo com o peso do paciente, sendo este multiplicado pelo fator 0.388. Afirmam seus idealizadores que esta forma de tratamento permite uma ação menos radical nos hábitos alimentares no início do tratamento, de tal modo, que determinada quantidades de alimentos ricos em proteínas, como a carne, podem ser mantidos.




Esses comprimidos são utilizados na Dinamarca há 13 anos, sendo constatado êxito com 68 adolescentes que garantem ter, a partir deste tratamento, uma vida normal sem a necessidade de uma dieta tão rigorosa na restrição de proteínas.
Serão feitos estudos com fenilcetonúricos diagnosticados tardiamente e submetidos a um tratamento com PreKUnil na Universidade Federal de Viçosa em parceria com a Universidade Federal do Paraná.


by: Amanda Biete

Fonte: http://www.ufv.br/dbg/trab2002/DHG/DHG009.htm

Dietoterapia





Em razão de não metabolizarem fenilalanina, os fenilcetonúricos devem ter um cuidado todo especial com a sua alimentação, não comendo alimentos que contenham este aminoácido. Sua dieta é bastante rigorosa, sendo restritos alimentos ricos em proteínas, como carne, ovos, pão, leguminosas (feijão, soja, etc.), alguns cereais (trigo, milho, etc.) e também evitar o leite e seus derivados. O consumo de lipídeos e carboidratos de origem vegetal pode ser livre.

Apesar dessas restrições, os fenilcetonúricos devem ingerir quantidades pequenas de fenilalanina para não adquirir uma síndrome carencial. Por isso, devem comer frutas e hortaliças que contêm este aminoácido em pouca quantidade.

Esse cuidado com a alimentação é essencial, visto que é assim que o fenilcetonúrico garante seu desenvolvimento mental e seu crescimento saudável.

Para os pais é um trabalho a mais, pois enquanto bebê é fácil controlar a ingestão de alimentos do seu filho, porém o problema vem mais à frente: a adolescência! Por isso é importante a conscientização do afetado, pois ele, sem seguir o tratamento, certamente, desenvolverá os sintomas característicos da doença.





Além da restrição de alimentos ricos em phe, também é necessário o uso de fórmulas que além de não conterem fenilalanina, contém uma mistura de aminoácidos, vitaminas, minerais, gordura e oligoelementos. Essas fórmulas são de acordo com a idade do fenilcetonúrico, havendo fórmulas para menores de 1 ano de idade, para maiores de 1 ano e até fórmulas que podem ser usadas sem distinção de idade.


Hoje, há uma imensa variedade de produtos especiais para fenilcetonúricos, ou seja, pobres em phe, que tem por finalidade “amenizar” a restrição feita pra diversos alimentos. Temos como exemplos: molhos, farinha de trigo, macarrão e até chocolate!


by: Amanda Biete


Fontes: http://www.ufv.br/dbg/trab2002/DHG/DHG009.htm

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/10383

"Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Fenilcetonúria" (Ministério da Saúde)


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Isto É (Reportagem)

Olá pessoal estou postando uma matéria bastante interessante tirada do site da revista IstoÉ- Independente que mostra como uma mãe reagiu ao saber que o filho tinha fenilcetonúria e como algumas pessoas foram preconceituosas em relação a isso. Vale a pena conferir!


"Sem vergonha de ser doente
Pacientes assumem mais facilmente sua condição. Dessa maneira, ganham novo fôlego contra a doença.

Um dos maiores choques sofridos até hoje por Marta Kokron, 40 anos, foi ouvir de algumas pessoas que seria melhor esconder que seu filho Thomas, então um bebê, era portador de fenilcetonúria. Caracterizada pela incapacidade de o corpo metabolizar o aminoácido fenilalanina, a doença pode levar à deficiência mental se não for controlada. Obviamente, ela não deu ouvidos ao que escutou. Ao contrário, tratou de falar claramente sobre o problema não só com o filho como também com familiares, amigos e sociedade em geral. O resultado é que o menino, hoje um belo garoto de nove anos, tornou-se um símbolo de que é possível viver bem, apesar da enfermidade. Thomas aparece, por exemplo, na capa dos folhetos do Instituto Canguru – instituição de apoio aos pacientes de doenças metabólicas e seus familiares –, fazendo um emblemático sinal de positivo com as mãos."

Clique aqui e veja a matéria na íntegra: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1976/artigo60828-1.htm


by: Camila Biete


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

“Aspartame: um doce veneno ?” (Curiosidades)



Hoje, muitas pessoas (principalmente as que seguem uma dieta) tendem a trocar o açúcar pelo ASPARTAME (uma substância usada como adoçante). Se você é uma dessas pessoas: cuidado! É necessário pensar bem nas suas escolhas, tanto na hora de adoçar um cafezinho quanto na hora de escolher entre uma Coca tradicional e uma Coca Zero!

Em Bolonha, Itália foram feitas pesquisas sobre o poder do aspartame em ratos. A primeira experiência não foi muito aceita, porém a segunda pesquisa poderes maléficos dessa substância. Esses pesquisadores da Ramazzini Foundation garantem e comprovam que aspartame causa câncer de mama, linfoma e até leucemia em roedores. Tal pesquisa foi publicada no Environmental Health Perspectives, nos Estados Unidos. Porém outros órgãos já fizeram pesquisas que não comprovam nada contra o aspartame.

É também necessário que se faça uma análise do histórico dessa substância na FDA (U. S. Food & Drug Administration), onde mostra que 75% das reações a aditivos alimentícios são causadas pela ingestão de aspartame. Além disso há 90 sintomas relatados como causados por essa substância, como: paradas cardíacas, tontura, espasmos, ganho de peso, perda da memória; além de doenças crônicas que podem ser desencadeadas, como: Mal de Parkinson, Mal de Alzheimer, linfoma e outras.

O aspartame é constituído de ácido aspártico, metanol e fenilalanina.

Segundo o livro de Blay Lock e a Dra. Shirley de Campo:

O ácido aspártico tomado em sua forma livre, ou seja, não ligado a proteínas, aumenta a concentração de aspartato no sangue. O aspartato é um neurotransmissor importante na passagem do impulso de um neurônio para outro, porém em excesso essa substância mata alguns neurônios e promove a entrada de cálcio nas células, o que gera uma grande quantidade de radicais livres, causando danos e até a morte das células.

O metanol também é bastante perigoso, pois se aquecido a mais de 30ºC se transforma em ácido fórmico e formaldeído (substâncias tóxicas). O aspartame está em alguns alimentos que sempre serão aquecidos a essa temperaturas, como gelatinas, por exemplo. Até mesmo quando o aspartame é armazenado de forma indevida isso pode acontecer. Por isso, o metanol livre é um agravante, porém ele está em pequenas doses; alguns pesquisadores afirmam que a quantidade não promove riscos à saúde.

Já foi bem explicitado, em postagens anteriores o perigo de fenilcetonúricos ingerirem qualquer alimento contendo aspartame.

Agora, certamente, os leitores estarão pensando: “Porque, então esta substância ainda circula pelo mercado?”. É uma pergunta bastante válida, porém ainda sem resposta plausível, pois há uma divergência enorme entre comitês internacionais que protejem o aspartame e alguns pesquisadores que são completamente contra!

Há vários autores, professores conceituados que publicaram livros sobre o poder do aspartame, como: Dr. Russell L. Blaylock, professor
de neurocirurgia da Medical University of Mississippi; James e Phyllis Balch; Dr. Blaylock e outros.

No site http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes=28&userassunto=42 a vigilância sanitária refuta os argumentos de pesquisadores acima citados!

Apesar disso tudo, acredito não haver motivo para pânico. Esta questão ainda está em discussão e os órgãos públicos, como a vigilância sanitária ainda confiam e não apontam problemas para o consumo dessa substância, refutando ardorosamente todos os "motivos para não consumir aspartame" expostos acima! Porém, enquanto esse impasse não é resolvido é bom ter um pouco mais de cuidado na hora de consumir alimentos com esse composto! E, afinal, em quem acreditar?


Opção de adoçante:

Neotame
"O neotame é similar ao aspartame, pois também é derivado de ácido aspártico e fenilalanina. Contudo, o neotame á mais estável, porque a ligação entre os aminoácidos é mais difícil de ser quebrada. Ele foi desenvolvido há mais de 20 anos e é 8 mil vezes mais doce que o açúcar. De acordo com o site do neotame, apenas seis miligramas são necessárias para adoçar 340g de bebida.

Como o neotame não se quebra em fenilalanina como o aspartame, ele pode ser consumido por fenilcetonúricos. Produtos que contêm neotame também podem ser cozidos ou assados.

O neotame foi aprovado pela FDA em 2002, e pode ser usado em bebidas, sobremesas congeladas, iogurtes, sorvetes, gomas de mascar, doces, bolos e tortas, coberturas, geléias, cereais matinais e muitos outros produtos. Como ainda é muito novo, não existem muitos produtos que o utilizam."



Fonte: Fonte: Livro de Blay Lock

Dra. Shirley de Campos

Jornal Brasil

Para saber mais sobre o aspartame e saber os procedimentos das pesquisas com roedores acesse:

http://www.saude.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/noticias/i16principal.asp?pagina=/ssaude/noticias/2007/0706/I16070628estu.htm

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/3879


by: Amanda Biete

Bioquímica da Fenilcetonúria



Como vocês viram nas postagens anteriores a fenilcetonúria é uma doença que ocorre devido à falta ou ineficiência da enzima fenilalanina hidroxilase. Agora serão mostradas e explicadas as reações que ficam prejudicadas devido à deficiência de tal enzima.

Nessa reação a fenilalanina e o oxigênio são substratos, enquanto há formação de água e tirosina. É uma reação que necessita de uma coenzima reduzida (NADH) que será oxidada (NAD+). Tal reação é catalisada pela enzima fenilalanina hidroxilase, que tem como coenzima a tetraidrobipterina oxidada a diidrobiopterina. Essa é uma reação hepática, ou seja, ocorre no fígado e está presente em pessoas que não são fenilcetonúricas. Nas pessoas que possuem tal doença, como a fenilalanina hidroxilase está ausente a fenilalanina não é transformada em tirosina.


Quando não se forma tirosina há o acúmulo de fenilalanina e de fenilpiruvato no sangue e nos tecidos. O fenilpiruvato é descarboxilado (fenilacetato) ou reduzido (fenilactato) e assim é excretado.

Fonte: Lehninger Princípios da Bioquímica Quarta Edição

by: Camila Biete

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Questões 2 e 3 - aula do dia 04/11/08

2) Relacione a variação das concentrações dos hormônios observada na tabela 1 com as concentrações de NEFA e glicerol antes e após a infusão de glicose para SB e NSB.

A corticosterona é um glicocorticóide que estimula a gliconeogênese, na tabela a concentração desse hormônio diminui após a infusão da glicose. A [NEFA] diminui apóis a infusão de glicose, visto que não será necessário degradar ácidos graxos livres se há glicose e a [glicerol] diminui pelo mesmo motivo, por isso a corticosterona diminui, ela estimula a gliconeogênese e se há glicose não é necessário degradar glicerol e ácidos graxos para formar mais glicose. A [glucagon] diminui também, visto que não haverá necessidade de degradação, pois há glicose. Já a [insulina] aumenta, pois há glicose no sangue e é necessária levá-la até os tecidos.

3) Observe o gráfico 3. B-hidroxibutirato é um marcador de qual processo do metabolismo energético? Porque esse processo ocorre? Porque a concentração desta substância cai após a infusão de glicose para SB?

O B-hidroxibutirato é marcador do metabolismo de lipídeos, mais precisamente a cetogênese, visto que os pingüins estão em jejum prolongado. Neste estado de hipoglicemia há quebra de lipídeos, assim o acetil-CoA formado a partir da B-oxidadação se transforma em corpos cetônicos. Além disso, o oxaloacetato antes usado no ciclo de Krebs será usado na gliconeogênese, assim o acetil-CoA não será completamente oxidado e formará mais corpos cetônicos. Após a infusão de glicose não será tão necessária a gliconeogênese, pois já haverá glicose disponível e diminuirá também o consumo de lipídeos e consequentemente diminuirá também a transformação de acetil-CoA em corpos cetônicos.